NOME DE POBRE NO BRASIL

sexta-feira, 29 de março de 2013

EFEMÉRIDES DE ABRIL: DESCOBRIMENTO, TIRADENTES, DIA DA MENTIRA ETC

ABRIL: do Latim vulgar aprilius, radicado em aprilis, em conformidade com nomes de seis dos dez meses do antigo ano romano, presididos por deuses ou deusas: Jano (janeiro), Febre (fevereiro), Marte (março), Vênus (abril), Maia (maio), Juno (junho). April tem efemérides marcantes: O poeta John Milton, já pobre, porque neto de avô católico que deserdara o pai ao descobrir seu protestantismo; e cego, em consequência de seus anos de presidiário por motivos políticos, vendeu o copyright de sua obra-prima, O Paraíso Perdido, por 10 libras, no dia 27, em 1667; Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, é enforcado e esquartejado no Rio, no dia 21, em 1792; o Brasil é descoberto no dia 22, em 1500. Quanto a primeiro de abril ser o dia da mentira, o folclore, de procedência francesa, remonta ao ano de 1564, quando o rei Carlos IX determinou que o ano começasse no dia primeiro de janeiro, no que foi imitado por vários países, que até então tinham outros calendários, pois foi somente a partir do gregoriano, assim chamado em homenagem a quem o instituiu, o papa Gregório XIII, que tal denominação começou aos poucos a imperar pelo mundo afora. Como quem realmente mandava era sua mãe, Catarina de Médicis, que o instigou à matança da noite de São Bartolomeu – ocorrida a 24 de agosto de 1572, quando cerca de 3 mil protestantes foram assassinados em Paris por uma turba de católicos enfurecidos – a denominação não pegou e nasceu aí o costume de mentir no dia primeiro de abril. Célebres mentiras já foram pregadas na data, inclusive na imprensa, como a de que a minúscula república russa de Djortostão doara seis metros quadrados de seu território a uma república vizinha para arrebatar do Vaticano o título de menor Estado autônomo do mundo. O escritor Bernardo Guimarães era contumaz pregador de mentiras de abril. E certa vez chamou o médico para atender o filho que havia tomado veneno. O doutor pensou tratar-se de mais uma mentira, e o moço morreu. O autor de O Seminarista e A Escrava Isaura caiu numa depressão da qual nunca mais se recuperou.

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