NOME DE POBRE NO BRASIL

sexta-feira, 29 de junho de 2012

POR QUE OSSO CÓCCIX TEM ESSE NOME?

Os nomes dos ossos do corpo humano são curiosíssimos. Cóccix, o popular rabo, veio do grego kókkyks, cuco, porque a junção das quatro vértebras lembrou a Galeno ( o médico), que o chamou assim, o bico daquele pássaro. Dali ao latim culum e ao italiano culo foi um pulinho. E no português do Brasil virou palavrão, mas em Portugal, não! Mas kokkyks é também adúltero em grego porque o cuco põe ovos no ninho dos outros pássaros.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

QUEM INVENTOU A BANHEIRA JACUZZI E POR QUÊ?

A banheira de hidromassagem foi inventada em 1949 pelo ítalo-americano Candido Jacuzzi (1903-1986), por cujo sobrenome passou a ser conhecida. Em 1949, seu filho menor, então com 15 meses, passou a sofrer de artrite reumatoide. Para aliviar as dores da criança, o pai fazia-lhe massagens com jatos de água morna na banheira da casa. Foi quando teve a ideia de inventar algo que possibilitasse ao menino fazer as massagens sozinho. E surgiu a banheira que se tornaria famosa em todo o mundo, mas a patente só foi obtida em 1963.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DURÃO BARROSO: SHOW DE ENTREVISTA NA GLOBONEWS

Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, Doutor Honoris Causa pela Universidade Estácio de Sá (tive a satisfação de fazer um dos discursos de outorga, no Copacabana Palace), em bela entrevista a Miriam Leitão: lúcio, claro, gentil. Arrasou, como dizem os jovens! http://g1.globo.com/globo-news/rio20/videos/t/todos-os-videos/v/presidente-da-comissao-europeia-avalia-o-cenario-mundial-em-meio-as-atuais-crises/2006185/

quinta-feira, 21 de junho de 2012

DELFOS WIKILEAKS: AS DOZE CRISES DA GRÉCIA SÃO OUTRAS

por Hércules D. Silva Notícias vazadas há pouco pelo Oráculo WikiLeaks, de Delfos, diretamente da caverna de Platão, agora repleta de sem-teto, e dos jardins de Akademos, invadido pelos sem-terra. 1. A principal razão da crise é que os economistas estão falando grego e ninguém se entende. 2. Diógenes apagou a lanterna para economizar pilhas Sony, pois as últimas importações do Japão não foram pagas e as remessas foram suspensas. 3. O SUS está cuidando do calcanhar de Aquiles, depois de um acordo Grécia-Brasil. 4. Eros desbundou de vez. E Pan está causando pânico nas bolsas. Juntos, inauguraram um serviço de acompanhantes para atendimento a domicílio e não mais nos bosques. O próprio Zeus autorizou que as ninfas prestem esse trabalho, pois não pode mais subsidiá-las. Na Ilha de Lesbos, Safo diversificou o cardápio: agora heterossexual também entra. A restrição para apenas lésbicas, gueis e simpatizantes fez desabar o faturamento: esse pessoal só ia a passeata por ser de graça e ter transporte subsidiado. 5. Hércules, que ao contrário de Dyoniso, não é xará desse autor, suspendeu os 12 trabalhos por falta de pagamento. 6. Narciso agora vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial e o Minotauro foi visto puxando uma carroça para ganhar a vida. 7. Edir Macedo comprou a Acrópole e instalou ali a sede internacional da Igreja Universal do Reino de Zeus. 8. Conselheiros da Eurozona, depois de um rápido exame em Medusa, disseram que ela, por estar com a cabeça cheia de minhocas, não vai mais cuidar das negociações. 9. Sócrates inaugurou o bar Cicuta no caminho onde antes ensinava filosofia aos discípulos. O principal aperitivo é uma mistura chamada Maiêutica. 10. Dyoniso foi visto vendendo garrafões de vinho na estrada que vai de Nísia a Maratona. 11. Hermes agora está trabalhando no serviços de entrega rápida nos correios (sedex) e no serviço canadense similar. 12. A próxima capa de Playboy trará Afrodite e Iris peladas. Iris tirou todos os sete véus. As negociações entre a revista e as belas foram feitas por Cupido. Para as fotos mais quentes, elas posaram à entrada do Hades, com a ajuda de Sísifo e Orfeu, que já conheciam o caminho. Fonte: http://deonisio.blogspot.com.br/

segunda-feira, 18 de junho de 2012

BRAZILIAN WAX, NOVO VERBETE DO DICIONÁRIO OXFORD

A atriz Nanda Costa, ao posar nua para a revista Playboy, trouxe à discussão um costume historicamente recente da mulher brasileira: a depilação total do púbis, que passou a ser conhecida por "Brazilian wax". Tornou-se novo verbete do prestigioso Dicionário Oxford. Não é a primeira vez que os pelos púbicos causam celeuma quando tornados públicos! O francês Gustave Courbet pintou em 1866 um quadro intitulado "A origem do mundo", que ainda hoje provoca inusitadas reações, por apresentar uma vulva sem depilação nenhuma. A palavra vulva veio do Latim "vulva", pele de fruta, e passou a designar a vagina, do Latim "vagina", mas com o significado de bainha. Esta é, aliás, a base da expressão "homem-espada", pois é na bainha que se guarda a espada. Neste caso, o pênis é comparado a uma arma emblemática dos tempos antigos. Já em peixe-espada, a metáfora se dá de outra forma. O focinho pontiagudo do animal lembra uma espada, não um pênis, comparado a uma espada na expressão anterior. A língua portuguesa é delicada! O feminino de peixe-boi não é peixe-vaca, é peixe-mulher... Há mais de 160 sinônimos para vulva. Um deles, xibiu, de provável origem indígena, designando diamante, coisa preciosa, apareceu no filme e nas telenovelas baseados no romance "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado. Na mais recente das telenovelas homônimas, Juliana Paes fez o papel de Gabriela, que na primeira versão coubera a Sônia Braga. Poucos escrevem sobre essas questões, repletas de complexas sutilezas, mas lembro que pênis, do Latim "penis", cauda, rabo, penduricalho, passou a sinônimo de falo, do Grego "phallós", pelo Latim "phallus", donde falocracia. Recomendo a leitura do Dicionário do Palavrão, de Mário Souto Maior, com prefácio de Gilberto Freyre, um dos 508 livros proibidos no período pós-64. (fim)

sábado, 16 de junho de 2012

TCHUCHUCA, TIGRÃO, DA PÁ VIRADA ETC: NA BANDNEWS

http://soundcloud.com/bandnews-fluminense

CU NÃO É PALAVRÃO EM PORTUGAL; NO BRASIL, É.

CU NÃO É PALAVRÃO EM PORTUGAL; NO BRASIL, É. COMO OS DICIONÁRIOS VÃO GRAFAR A DANÇA E MÚSICA ANGOLANAS: CUDURO OU KUDURO? (meu artigo mensal na Revista Língua Portuguesa, nas bancas). Embora controverso, pela pressa com que foi feito e pelo limitado número de consultores, o acordo ortográfico segue o velho provérbio latino: os costumes são os melhores intérpretes das leis. A língua portuguesa é hoje a sétima ou talvez a sexta mais falada no mundo, atrás do mandarim, do hindi, do inglês, do russo, do árabe e do espanhol. Mas não se fala o português do mesmo modo nos lugares em que é a língua oficial. Todavia o acordo ortográfico, como ocorreu com o árabe, forçou uma padronização no modo de escrever. O árabe é falado em mais de 20 países de maneiras diferentes, mas todos os que escrevem em árabe escrevem do mesmo modo. Coube aos brasileiros a liderança no processo de padronização mundial do português, mas ainda devemos a simplificação no modo de escrever. A ortografia é pouco mais do que uma convenção. Em muitas palavras predominou a etimologia na hora de escrevê-las, mas em muitos casos essa providência não é recomendável, sendo mesmo desaconselhável e em alguns outros até impossível. O modo de escrever a língua portuguesa está sendo simplificado no Terceiro Milênio. É uma providência tardia. Muitas outras línguas simplificaram suas respectivas ortografias ainda no século 19. Contudo, o Brasil comete quase sempre um duplo erro. Demora a tomar uma providência e quando o faz deixa entrevisto que a demora não serviu para nada. Nem para pensar sobre conveniências, inconveniências, modos de aplicá-la, etc. Sutilezas O acordo ortográfico tornara-se uma necessidade. Mas por que tanta pressa? Muitos problemas decorrentes das mudanças poderiam ter sido evitados, se mais e mais diversificados usuários da língua escrita tivessem sido consultados. Não o foram. A consulta foi obra de pequeno grupo de iluminados, todos com obra lexicográfica de referência. Ainda assim eles não foram o problema. Ao contrário, foram parte da solução. O problema foi que só eles foram consultados. Aliás, a nação decisiva para a implantação do acordo ortográfico foi São Tomé e Príncipe, com área de 1.001 km² e população de apenas 170.000 habitantes. No Brasil, seria uma cidade de médio porte. Complexas sutilezas ainda separam o português do Brasil do de Portugal e das nações africanas de língua portuguesa. Um exemplo recente é "kuduro", dança e música surgidas em Angola, já chegadas ao Brasil, assim designadas por força do meneio que mantém firmes as nádegas e os quadris. Aqui ainda não decidimos como grafar. Provavelmente terá a troca de k por c. Na África portuguesa, como em Portugal, "kuduro" pode ser palavra canônica, mas no Brasil cheira a palavrão. Deonísio da Silva é escritor, doutor em letras pela USP, vice-reitor da Universidade Estácio de Sá (RJ), membro da Academia Brasileira de Filologia e autor de, entre outros, Lotte & Zweig.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

TELESPECTADORES COMENTAM ENTREVISTA A MARÍLIA GABRIELA

Comentários à entrevista que dei à Marília Gabriela, publicados no site da GNT! A todosm muito obrigado! elza piccardi · 3 dias atrás Achei um homem muito inteligente, direto e sem medo de falar verdades que muita gente teria medo. Parabéns GNT e Marília por ter nos proporcionado tão brilhante pessoa. E.Piccardi Hyeda Almeida · 4 dias atrás Por favor, como posso assistir a entrevista na íntegra, pois só consegui ver uma parte e achei maravilhosa, inteligente, fascinante..nada como um homem inteligente, culto e divertido, realmente fiquei encantada com o que consegui assistir, mas quero demais ter o prazer de vê-la na íntegra. Parabéns, Marília vc como sempre arrasando em suas entrevista!! Hyeda Almeida. Radcliffas · 5 dias atrás Fiquei encantada com a entrevista, gostaria de assistir na integra novamente.... maria silva · 5 dias atrás Fiquei encantada durante a entrevista, saboreando cada palavra deste homem tão inteligente e profundo. Luisa · 6 dias atrás Mt boa a entrevista como eh bom ouvir pessoas verdadeiramente inteligentes! Fica uma entrevista leve, fluida e divertida! Parabéns pela entrevista!! Thatiane Ribeiro · 6 dias atrás Que entrevista fascinante!!! Estou literalmente deliciando estas palavras. Como eu gostaria de ter esta sensação mais vezes na televisão brasileira. Sem dúvidas, Marília Gabriela, está foi uma das suas melhores entrevistas. Thatiane Ribeiro Que homem inteligente! Um homem maduro e inteligente, põe qualquer um novinho 'bonitinho' no bolso. Meu Deus, os políticos deveriam pô-lo em algum cargo voltado para a educação, mas dando poderes de fato. Claudia Brandão.

terça-feira, 12 de junho de 2012

IVAN LESSA (1935-2012) OS ESCRITORES SÃO MORTAIS. SEUS LIVROS, NÃO!

Eram os tormentosos anos setenta, em Ijuí (RS). A então Fidene (sigla de Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado), que depois transformaria em universidade aquela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, patrocinava várias atividades de extensão, entre as quais um programa para Professores Rurais e uma Semana da Cultura Brasileira, e trouxera para falar aos alunos o romancista Ivan Pedro Martins e a cronista Elsie Lessa. Não ligávamos os nomes às pessoas, mas estava naquele carro, depois de falar aos universitários do interior de três estados do Sul, a mãe de Ivan Lessa, que líamos em O Pasquim. O jornalista era filho de seu casamento anterior, com o escritor Orígenes Lessa. Elsie espantou-se porque alguém resolveu registrar aquele momento numa câmera cujo flash espocou assim sem mais nem menos na escuridão, iluminando a dama e o cavalheiro a seu lado, xará de seu filho. Jantamos num moinho transformado em restaurante pelo cônsul da Alemanha em Panambi (RS), cidade vizinha de Ijuí, a não mais de trinta ou quarenta quilômetros. A prosa foi das mais agradáveis, e tanto a cronista quanto o romancista lembraram que os alunos eram muito interessados e, corajosos, tinham feito muitas perguntas. Veio a década seguinte e um dia me ligam da BBC. Era Ivan Lessa que queria uma entrevista sobre os livros proibidos no período pós-64, que eu acabara de identificar em Nos Bastidores da Censura, fruto de minha tese de doutoramento na USP. Muito gentil, me avisou antes quais as perguntas que faria e marcamos a entrevista, tudo profissional e muito bem pautado. Frases memoráveis Num trecho de alguma de suas imaginosas narrativas curtas, José Luís Borges diz que quando morre alguém ligado a nós de algum modo, ficamos nos questionando as razões de não termos sido suficientemente bons e atenciosos para com o morto quando vivo. Pois foi o que me ocorreu ao saber da morte de Ivan Lessa. Autor de poucos livros, todos memoráveis, mas de muitos textos avulsos e colunas, Ivan Lessa era curiosamente bisneto de um autor cujo romance me fora proibido nos anos de seminário. Sim, o autor de A Carne assinava apenas Júlio Ribeiro, reduzido de Júlio César Ribeiro Vaugham. Era também neto de Vicente do Rego Themudo Lessa, pastor presbiteriano de fama internacional e respeitado historiador, membro dos Institutos Históricos de São Paulo, Santo Catarina, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Ceará e também da Associação Paulista de Imprensa. Em sua homenagem, a Igreja Presbiteriana Independente, em São Paulo, deu seu nome ao Centro de Documentação e História Vicente Themudo Lessa. Sem O Pasquim, provavelmente ele não seria tão conhecido da geração que hoje tem entre os sessenta e setenta anos. Ali criou a divertida seção “Gip! Gip! Nheco! Nheco!” e, na companhia de Jaguar, o rato Sig. Os mais jovens não o conheceram nos jornais, mas apenas dos livros: Garotos da Fuzarca, Ivan vê o mundo, O luar e a rainha. Ivan não era apenas um grande autor de textos curtos, mas também de frases antológicas, como as que seguem, por homenagem a ele e para entretenimento dos leitores: >> “Sincretismo religioso é quando um padre não passa debaixo de uma escada.” >> “Baiano não nasce, estreia.” >> “Três entre quatro políticos brasileiros não sabem que país é este. O quarto acha que é a Suíça.” >> “A cada 15 anos, o Brasil se esquece do que aconteceu nos últimos 15 anos.” >> “Amar...é ser a primeira a reconhecer o corpo dele no Instituto Médico Legal.” Ivan Lessa deixou uma filha, Juliana, de 36 anos, fruto de seu casamento com Elizabeth Fiuza, que foi quem o encontrou morto, em casa, ao voltar, à noite. Ela calculou que o marido deve ter morrido entre 16h e 18h30, no horário local. A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do escritor: “Ivan Lessa foi um escritor indomável. Foi irônico, mordaz, provocador, iconoclasta e surpreendentemente lírico – acima de tudo brilhante no trato com as palavras. Sua contribuição à resistência democrática está registrada nas páginas do Pasquim, um espaço de liberdade e crítica que Ivan e seus companheiros souberam abrir, com humor e astúcia, para toda uma geração de brasileiros, num momento em que isso parecia impossível. O Brasil perde um de seus cronistas mais talentosos”. Mas não se fecham as cortinas nem termina o espetáculo quando se trata de escritores. Eles são mortais, mas seus livros, não. *** [Deonísio da Silva é doutor em Letras pela USP, vice-reitor da Universidade Estácio de Sá e autor de 34 livros, o mais recente é o romance Lotte & Zweig]

DE ONDE VÊM PRAÇA, SUBMARINO, MARINHA ETC.

Espoliado: do latim spoliatus, despojado, privado, aquele de quem foi retirado muito ou quase tudo. Na Roma antiga, a palavra foi inicialmente aplicada ao estado em que ficava o carneiro tosquiado ou o animal morto do qual se tirava o couro. Passou depois a qualificar o inimigo vencido, de quem se retirava tudo: armas, roupas, pertences. E, nos discursos de denúncia social, espoliado veio a ser sinônimo de explorado, para caracterizar as perdas dos trabalhadores. Filologia: do grego philología, pela formação philêin, amar, e logos, estudo, pelo latim philologia, estudo da língua em toda a sua amplitude, apoiada em exemplos escritos para documentá-la. De acordo com Antonio Martins de Araújo (80), doutor em Letras Vernáculas pela UFRJ e presidente da Academia Brasileira de Filologia, “dentro do consenso e da tradição didática e científica ocidental, está visto que a Filologia é também uma ciência histórica, pois que trabalha com a prova testemunhal dos documentos de uma língua ou de uma família de línguas”. Leoa: do latim leaena, feminino de leo, leão, pelo arcaico leom, designando a fêmea do leão e por metáfora a mulher corajosa, ousada, valente, intrépida, decidida, segura, invencível, rainha e, como ocorre entre os leões, aquela que defende e provê alimento aos filhos. O poeta maranhense Raimundo Correia (1859-1911), no poema A Leoa, conta de um animal faminto apavorando os habitantes da cidade de Florença, na Itália, à procura de pegar um deles para alimentar-se. Todos fogem, mas uma mendiga, já enfraquecida pela fome, com o filho nos braços, é encontrada indefesa: “Mas a leoa, como se entendesse/ O amor de mãe, incólume deixou-a.../ É que esse amor até nas feras vê-se!/ E é que era mãe talvez essa leoa!”. Também Sayonara Salviolli (43), em Implacável Força Feminina, bela crônica do livro Lauda Eletrônica, apresenta um pai comparando a filha a uma leoa ao cuidar da neta dele: “Quem diria que você, filha única, e tão novinha, iria se tornar uma mãe assim?... Parece uma leoa em defesa de sua filha!” Marinha: do latim marina, designando em geral o conjunto de embarcações, não apenas fluviais e marítimas, mas também helicópteros e aviões, que compõem a força armada de uma nação para defesa naval. Há também a sua congênere civil, a marinha mercante, à qual cabe fazer o transporte de passageiros e de mercadorias. Nas marinhas nacionais utilizadas com fins bélicos, os submarinos cumprem importantes funções militares. Os submarinos alemães tornaram-se lendários e sobre eles diz Roberto Muylaert (77), em 1943: Roosevelt e Vargas em Natal: “Segundo o livro Grey Wolf, de Simon Dunstan e Gerard Williams, até mesmo Hitler escapou da Alemanha, tendo falecido em 13 de fevereiro de 1962, na Argentina. Acabou a vida solitário e entediado, a partir de sua fuga para a Patagônia, na província de Rio Negro, numa vila próxima a Bariloche, logo após a guerra, no submarino U-518.” Praça: do grego plateîa, pelo latim vulgar plattea, variante do clássico platea, designando espaço amplo, rua larga. Deu place em francês, plaza em espanhol e place em inglês. Portanto, devido à proximidade com os países de fala e escrita espanholas, é mais provável que tenha vindo do espanhol plaza, que passou a ser dito e depois escrito praça. No Rio de Janeiro, a Praça Seca mostra outra alteração. Era Praça Asseca, em homenagem ao Visconde d’Asseca. O “a” inicial de Asseca mesclou-se com o “a” final de praça. Prevaleceu a fala sobre a escrita. É o mesmo caso de Viaduto Oscar Brito, que virou Viaduto dos Cabritos. Submarino: do latim sub, sob, debaixo, e marinus, marino, variante de marinho. Designa o que está sob as águas do mar. Em sentido estrito, aplicando-se a embarcação que navega submersa, procede do inglês submarine. O primeiro submarino foi construído pelo holandês Cornelius Drebb (1572-1633), que o deu ao rei inglês Jaime I (1567-1625), depois de fazer o artefato navegar debaixo das águas do Tâmisa, em Londres. A embarcação era envolvida em couro, tinha tubos para captar oxigênio na superfície e era movida por 12 remos, acoplados ao casco por luvas de couro. A viagem inaugural durou três horas. (REVISTA cARAS, COLUNA DE ETIMOLOGIA, DE DEONÍSIO DA SILVA)