NOME DE POBRE NO BRASIL
domingo, 20 de janeiro de 2013
MAGUILA CAI, MAS HAVERÁ DE SE LEVANTAR!
O vice-campeão mundial de boxe, o pugilista Adilson Maguila Rodrigues, 54 anos, sofrendo de Alzheimer há três, está na ala psiquiátrica de um hospital em São Paulo. Passei três dias com ele em 1985 para fazer um perfil para a revista Playboy. Ele disse 11 frases em três dias! Eu era mais um "jornalista" que ia falar com ele. Os anteriores voltavam dizendo que ele não dissera nada, era impossível fazer a matéria. Mário Escobar de Andrade, diretor de redação da Playboy, me ligou no meio da madrugada. Pagava bem, mas eu deveria passar sexta, sábado e domingo com o ídolo.
Ele me recebeu desconfiado. Em vez de entrevistá-lo, contei de minha infância, de minha mãe com 14 filhos, dos meus anos de seminário. E lhe assegurei que não era jornalista, era professor e escritor, e tinha vindo ali porque precisa muito dos mil dólares e admirava muito quem vencia na vida pelos próprios méritos. E, mais do que a revista, eu queria saber como é que ele vencera.
Certa moça bonita fazia exercícios na mesma academia, no Brooklin, em São Paulo. Maguila olhava para ela à sorrelfa. Fui lá desesperado: "Ele adora sorvete, vem tomar sorvete conosco, você é minha última esperança de que ele fale alguma coisa." "Mas, só sorvete, hein! Ele é pão-duro e não querer pagar o meu cachê. E ele nunca fala, eu treino sempre aqui, ele nunca fala. Com ninguém!".
Caramba! Eu dera de cara com uma piranha. Procurei outra, todas ali eram lindas! Primeiras palavras do Maguila: "Casada?". E ela: "noiva". "Mulher bonita sempre tem quem cuide." Foi a primeira das onze frases! A última: "Eu sou acredito em Deus e no meu braço". As outras nove estão no perfil! Outro dia um internauta me disse que tem a revista, cuja capa é com a Magda Cotrofe, vestida de noiva, com a saia levantada.
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