http://josefogaca.blogspot.com.br/2012/03/lotte-zweig-os-cinco-itinerarios-um.html
Um texto preciso, com o estilo de José Fogaça, um intelectual e político de extraordinário desempenho nos diversos campos em que tem atuado. Ter um romance comentado por essa referência solar faz com que até o próprio autor volte a seu livr...o para reler, outra vez, o texto com o qual tanto conviveu nos últimos anos. Obrigado, meu querido amigo, pela carinhosa atenção que deu às tramas que urdi para os últimos momento daquela noite fatal, palco de uma tragédia sem outras testemunhas que não suas vítimas, pois seus algozes desapareceram nos tempos que se seguiram. Acendi um fósforo nessa escuridão e à pequena luz juntou-se a sua, iluminando desvãos do meu romance até para mim mesmo.
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José Fogaça
NOME DE POBRE NO BRASIL
sexta-feira, 23 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
O ENIGMA D STEFAN ZWEIG
Livro diz que o autor da frase "Brasil, país do futuro" não se matou, mas foi assassinado por nazistas
Marcos Diego Nogueira
SUSPEITA
A não permissão da autópsia de Zweig (acima) e a recusa
de entregar o corpo ao rabino são indícios de assassinato
Um suicídio mal contado ou um homicídio forjado? Para o escritor Deonísio da Silva, as circunstâncias que envolveram a morte do casal de austríacos Stefan Zweig e Charlotte Altmann, em 1942, em Petrópolis, pendem para a segunda opção. Ele está lançando “Lotte & Zweig” (LeYa), romance que se baseia nas cartas deixadas por Charlotte, cuja tragédia ao lado do seu marido escritor foi até hoje atribuída a um autoenvenenamento. “O fato de não autorizarem a autópsia dos corpos e de eles não terem sido entregues aos rabinos para serem enterrados em um cemitério israelista é indício contrário”, diz Deonísio. Zweig era um judeu de origem austríaca que amava o Brasil. Biógrafo de sucesso, foi o autor da expressão “Brasil, país do futuro”, usada para dar nome ao livro que exaltava o lugar que o acolheu como morador. Não veio para Petrópolis em 1940 apenas para fugir do nazismo, mas também para proporcionar a Lotte, que tinha problemas respiratórios, um cotidiano saudável na região serrana fluminense. Dois anos depois, ambos foram encontrados mortos pela faxineira da casa. Estavam abraçados. Ventilou-se a hipótese de ingestão de veneno, mas a falta de perícia não definiu qual substância teria sido usada.
Deonísio aposta na hipótese de uma execução típica de uma visita de nazistas. “Fazia menos de um mês que o Brasil havia entrado na guerra contra a Alemanha e havia muitos nazistas na América do Sul”, afirma o autor. Para ele, o fato de não existir documento que comprove essa versão não desvaloriza a sua teoria. À época, Zweig já era um escritor renomado e aclamado por leitores de todo o mundo pela biografia de Maria Antonieta, rainha da França. Não passava por dificuldades financeiras e teria morrido com altas reservas no banco. “Não havia motivos para ele se matar”, diz Deonísio, que preferiu contar essa história pela visão de Lotte, 30 anos mais jovem que o marido. A opção pelo romance lhe permitiu exercitar a imaginação sem abandonar o rigor da história.
“Documentos podem ser construídos com mais inventividade que a ficção e o romancista, por sua vez, pode se valer de elementos que não
são documentados”, argumenta Deonísio em defesa do caráter híbrido de sua obra.”
Marcos Diego Nogueira
SUSPEITA
A não permissão da autópsia de Zweig (acima) e a recusa
de entregar o corpo ao rabino são indícios de assassinato
Um suicídio mal contado ou um homicídio forjado? Para o escritor Deonísio da Silva, as circunstâncias que envolveram a morte do casal de austríacos Stefan Zweig e Charlotte Altmann, em 1942, em Petrópolis, pendem para a segunda opção. Ele está lançando “Lotte & Zweig” (LeYa), romance que se baseia nas cartas deixadas por Charlotte, cuja tragédia ao lado do seu marido escritor foi até hoje atribuída a um autoenvenenamento. “O fato de não autorizarem a autópsia dos corpos e de eles não terem sido entregues aos rabinos para serem enterrados em um cemitério israelista é indício contrário”, diz Deonísio. Zweig era um judeu de origem austríaca que amava o Brasil. Biógrafo de sucesso, foi o autor da expressão “Brasil, país do futuro”, usada para dar nome ao livro que exaltava o lugar que o acolheu como morador. Não veio para Petrópolis em 1940 apenas para fugir do nazismo, mas também para proporcionar a Lotte, que tinha problemas respiratórios, um cotidiano saudável na região serrana fluminense. Dois anos depois, ambos foram encontrados mortos pela faxineira da casa. Estavam abraçados. Ventilou-se a hipótese de ingestão de veneno, mas a falta de perícia não definiu qual substância teria sido usada.
Deonísio aposta na hipótese de uma execução típica de uma visita de nazistas. “Fazia menos de um mês que o Brasil havia entrado na guerra contra a Alemanha e havia muitos nazistas na América do Sul”, afirma o autor. Para ele, o fato de não existir documento que comprove essa versão não desvaloriza a sua teoria. À época, Zweig já era um escritor renomado e aclamado por leitores de todo o mundo pela biografia de Maria Antonieta, rainha da França. Não passava por dificuldades financeiras e teria morrido com altas reservas no banco. “Não havia motivos para ele se matar”, diz Deonísio, que preferiu contar essa história pela visão de Lotte, 30 anos mais jovem que o marido. A opção pelo romance lhe permitiu exercitar a imaginação sem abandonar o rigor da história.
“Documentos podem ser construídos com mais inventividade que a ficção e o romancista, por sua vez, pode se valer de elementos que não
são documentados”, argumenta Deonísio em defesa do caráter híbrido de sua obra.”
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