NOME DE POBRE NO BRASIL

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ETIMOLOGIA DE AFUNDAR,CÁTARO,GLIFO, LOBO MAU, PIRÂMIDE, TRUFA

Afundar: do mesmo étimo do Latim fundus, fundo, seja de mar, lagoa, rio, buraco, bolsa, bolso, recipiente etc., aplicando-se também a ordenações financeiras, como fundo de investimento, a fundo perdido e a sinônimo de realidade escondida (“no fundo, ele é uma boa pessoa”). Precedido de “a”, e com a terminação em “ar”, faz este verbo que designa ir para baixo, como acontece no mar em casos de naufrágios. Em 1943, já eram 36 os navios mercantes brasileiros afundados por submarinos alemães perto da costa catarinense durante a Segunda Guerra Mundial. Aliás, um destes submarinos, o U-513, foi recentemente localizado pelo velejador Vilfredo Schurmann. Foi levado a pique por um hidroavião americano no dia 19 de julho de 1943. O almirante Friedrich Guggenberger (1915-1988) e diversos outros oficiais foram salvos pelos próprios americanos, mas os corpos de 47 nazistas ainda estão no fundo do mar. Outro submarino alemão, o U-199, está no fundo do mar, nas proximidades da cidade do Rio de Janeiro. Cátaro: do Grego katharós, sem mancha, puro, pelo Latim tardio catharus, designando uma seita surgida no séculoi XI na Panônia, na Hungria atual, composta de cristãos que precederam São Francisco de Assis (1881-1226) na defesa e na prática da pobreza. Eles habitavam a região de Albiga, hoje Albi, na França, e por isso foram chamados cátaros abigenses. Depois de sofrerem perseguições das mais cruéis da História, foram exterminados no século XIII. A denominação “cátaro” foi propositalmente misturada ao Alemão Ketzer, feiticeiro, adorador de gato, herege. Os cátaros eram muito ricos e, segundo narrativas medievais – históricas, umas; lendárias, outras - boa parte dos imensos tesouros que guardaram foram levados à Itália. Glifo: do Grego glyphé, pictograma gravado em pedra, gravura, entalhe. Veio a designar sinais. É uma figura que dá um tipo de característica particular a uma figura. Neste sentido, são glifos os indicadores ordinais em forma circular postos ao ao lado dos números, à direita, no alto de cada um deles. Exemplos: 1º (primeiro, 2ª etc. São glifos também a arroba (@), as apas (“ “), o chevron (< >), a cerquilha, também chamada tralha e jogo da velha (#), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o ampersand (&), os dois pontos (, as reticências (...), o til (~), a barra (q), a barra invertida (\), o asterisco (*) etc. Lobo Mau: do Latim lupus, lobo, e malus, mau, designando animal real ou lendário, presente em numerosos contos de fada, fábulas e outras narrativas muito populares. O mais popular é Lobo Mau da história Chapeuzinho Vermelho, cuja estreia literária dá-se em 1697 no livro do funcionário público francês aposentado Charles Perrault (1628-1703), Contos da mamãe gansa. O autor baseou-se em fato real: um lobo de 65 quilos que havia matado várias crianças e adolescentes no interior da França. E os lobos reais ainda continuaram o terror dos pequenos em muitas localidades, até que, uma vez dizimados, foram confinados às páginas dos contos de fada. Pirâmide: do Egípcio pi-mar, pelo Grego pyramís, torta, bolo, de pyrós, grão. Desde os primeiros registros, esses famosos monumentos em forma de poliedros têm sido designados por comparação com gigantescos pães, tortas ou bolos. As pirâmides são o ponto mais alto dos cuidados dos antigos com os mortos. Certamente, as primeiras sepulturas tiveram duas funções: registrar o local onde foi enterrado o morto e proteger o cadáver da investida de ladrões, chacais e outros carniceiros. Foi o faraó Djoser (2670-2649 a.C.) o primeiro a erguer um sepulcro em forma de pirâmide com uma escada externa para que o morto possa subir até ao céu, para ficar junto ao deus Rá. No Vale de Gizé, a cerca de 25 km do Cairo, estão as pirâmides egípcias mais famosas: as que serviram de túmulo aos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, todos do 3º milênio a.C.. Mas este tipo de construção foi encontrado também em muitos outros países, como também o Peru e o México. Trufa: do Latim clássico tuber, tubérculo, pelo Latim vulgar tufera, depois truffa no Provençal e truffe no Francês. Designa fungo subterrâneo, de sabor e aroma agradáveis, e um bombom feito inteiramente de chocolate. Tem também o sentido de zombaria e troça, porque é em forma de trufa a bolinha que o palhaço põe na ponta do nariz com o fim de parecer engraçado. Pode ter havido associação com a dificuldade de encontrá-las, para cuja tarefa eram usados porcos (atualmente, os cachorros substituem os porcos porque os suínos comiam a maior parte do que encontravam), pois eles fuçam à procura delas, principalmente ao pé de carvalhos, álamos, aveleiras e salgueiros. As trufas podem ser brancas ou pretas, e provêm da Itália, da Itália, da Croácia, da Sérvia e da Eslovênia, os principais países exportadores. Como tempero, a trufa deixa o prato muito caro. Um simples risoto à parmigiana, se tiver frutas, chega a cerca de R$ 500 em restaurantes brasileiros. DE

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